O que são tétrades? Uma explicação para amantes da música e produção

Descubra o Segredo das Tétrades: Como Alavancar a Energia Musical


Quem já dedicou tempo a tocar ou escrever músicas sabe que não há uma fórmula para compor canções, cada um tem sua forma de encontrar inspiração e criatividade, o que muitas vezes traz inovações à indústria musical.

Um exemplo recente é a tentativa dos anos 70 e 80 em popularizar música em formato tetráquico – composta por quatro acentos - nos Estados Unidos, na tentativa de manter um padrão constante de sincopação. Porém, com o tempo, a crença na “regra da três e quatro” acabou perdendo espaço nas músicas escritas ao longo do tempo.

Entretanto, há muito mais a se aprender sobre as tetrades! Vamos explorar suas origens e como elas são presentes em diversos tipos de músicas ao longo dos anos? Se você adora música, talvez já tenha adorado alguns trabalhos baseados nessa abordagem.

O que são as tetrades?

As tetrades, também conhecidas como quartetas ou quadrisílabos, são versos de quatro acentos e três sílabas. Este termo tem origem no grego "tetras", que significa “quatro”.

Essa forma de compor músicas remonta aos anos 1900 e atingiu seu auge nos Estados Unidos nos anos 1930, principalmente em gêneros como o blues, swing e jazz. Além disso, as tetrades ainda estão presentes em composições modernas de pop e rock nos últimos anos.

História das tetrades
Embora seu auge tenha sido na música dos anos 1900 até a década de 60, a estrutura da tetrada remonta aos escritores românicos, na Espanha, que passaram a usá-la em obras de poesia e teatro. É claro que ao longo dos séculos muitas outras civilizações adaptaram a estrutura de quartetos, sempre buscando criatividade na linguagem musical e poética.

As tetrades empoem versos que terminam com uma palavra forte e um acento, trazendo ao mundo da música ritmos como o swing. Talvez a estrutura seja mais fácil de identificar na linguagem oral e nas tradições dos países latino-americanos e de língua espanhola, onde as tetrades são frequentemente utilizadas em canções de amor e nostalgia.

No jazz e swing, elas serviam como ponto base para improvisação dos intérpretes – os cantores e músicos – e criar um ar contagiante em ambientes mais relaxados, geralmente dentro de clubes noturnos. Seja em gravação ou no palco, a tetrada mostra o quão variado o jazz podia ser e que não tinha fronteiras para explorar o amor, a beleza e até mesmo o humor de forma diversificada.

De autores e poetas, passaram as tetrades à música
As mais famosas músicas em estrutura tetrada são sem dúvida “I Left My Heart in San Francisco” (1954), da dupla George Cates e Douglass Cross; “The Shadow of Your Smile” (1960), de Johnny Mandel e Paul Francis Webster; e a samba-enredo “Toca no Coração” (2008), das cantoras Rosane Santos, Mara Fernanda, Lígia Rezende, Jana Nogueira, Vanessa Cocchi, Tainá Leão e Larissa Viana.

O jazz não ficou para trás e muitas composições deste gênero também abraçaram as tetrades na música, como por exemplo a “Blues in the Night” (1941), dos autores Harold Arlen e Johnny Mercer. Não só jazz e swing adotaram o formato nas letras da composição; alguns trabalhos também seguiram a mesma abordagem nos arranjos musicais, trazendo à banda esse recurso para compor um ritmo tão conhecido e geralmente dançante.

Além do Brasil, na América Latina as tetrades encontram destaque em outras formas musicais como a chamarrita nicaragüense e as canções mexicanas em estilo son huasteco.

Ao longo dos anos muitos compositores passaram a fazer o uso das tetrades com uma certa automatia, tornando-se um fator mais importante em cifras para o cantor ao tomar decisão na hora de se apresentar ao vivo ou no estúdio. Porém, além do jazz e swing, os trabalhos em gêneros como música romântica e country também passaram a explorar esse formato poético nas letras e acabaram conquistando público mais amplo.

Conclusão
A tetrada é um exemplo clássico de que o sucesso de uma estrutura criativa pode atravessar diversas eras, gêneros e línguas ao longo dos anos. Nos dias de hoje ela permanece uma força viva na música. E mesmo que você não se lembre do termo, a tetrada talvez já tenha encantado seus ouvidos ao menos em uma ocasião. É claro que ela pode ser difícil de identificar por um fã mais jovem das melodias, porém ela continua a inspirar compositores a se divertirem com versos quádruplos.

Portanto, se você ama a música e estuda sua evolução ao longo dos séculos ou mesmo quer expandir o seu conhecimento em matéria, o aprendizado sobre o conceito das tetrades é um excelente ponto de partida. Não deixe de pesquisar sobre os grandes sucessos que se inspiraram nesse recurso e tenha a certeza: você encherá seu armazén de conhecimento e, claro, também de diversão.

Fonte: http://sistemaescolarvirtual.pb.infraestructura.gov.br/modules/aut/upload/55026483057_4120394497470_1696645805_n.pdf


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